Sussuarana.

  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Carnivora
  • Família: Felidae
  • Subfamília: Felinae
  • Género: Puma
  • Espécie: Puma concolor
  • Nome vulgar: Sussuarana, puma, cougar, jaguaruna, leão-baio, onça-parda, onça-vermelha, leão da montanha. Suçuarana,  yawaruna (tupi),  yawapitá (guarani), puma (quéchua, francês, português), miztli (náhuatl), cabcoh (maia), trapial, pangui (mapuche), león (espanhol), mountain lion, cougar (inglês), bergleeuw (holandês).

 

Seu nome científico Puma concolor tem origem língua dos indígenas Peruanos quéchua, “puma” significado “poder” ou “poderoso” e  concolor origem no latim e quer dizer “da mesma cor”. Sussuarana é uma palavra de origem tupi com o significado “da mesma cor do veado”. É o segundo maior felídeo brasileiro e o quarto mais pesado do mundo, ficando atrás do tigre, leão e da onça pintada. È o melhor saltador dos felídeos com o bote atingindo 7 metros durante a caçada. Está entre o mais agis dos felinos alcançando até de 60 km/h em distâncias de 200 metros. Mede 0,75 m de altura, 1,20 m de comprimento e 0,60 m de cauda. Tem a cabeça arredondada e pequena, o corpo esbelto, olhos grandes e vasta bigodeira. Espécimes de cor melânicos são comuns, enquanto albinos  e melanísticas (negras). são raros. Sua voz é um miado o que é diferente da onça que emite um esturro. São aparentadas com os gatos do mato e não com a onça. É solitário e capaz de viver na montanha, deserto, floresta, pântano ou no bosque. Para subir em árvores saltam 4 metros para cima. Ficam a vontade, nas árvores, equilibrando-se com a cauda felpuda ao saltar de galho em galho uma distancia de até 5 metros. Ótimos predadores e espreitam a vitima e conseguem apanhar aves e macacos nas árvores. Caçam a qualquer hora do dia com tendência ao horário de crepúsculo. As vezes nada para capturar uma presa. Alimentam-se de alces, cervos, catetus, capivaras, cabras selvagens, pacas, cutias, mãos-peladas, gambás, tatus, caxinguelês, ratos, ouriços-cacheiros (não se machucam com os espinhos), macacos, tamanduás, castores, marmotas, lebres, guanacos, vicunhas, coiotes, emas marrecos, pato, nhambus, macucos, jacus, mutuns, peixes e lagartos. Por falta de presas naturais ataca o gado doméstico como cavalos e ovelhas. Na natureza precisam capturar uma preza do tamanho de cervo adulto por semana. Só alimentam-se de animais que abateu e não comem carne estragada. Apos abater e alimentar-se da presa esconde a carcaça para aproveitar depois e vai descalçar em arvore próxima. Este habito torna a suçuarana vitima do envenenamento, pois um fazendeiro envenena a carcaça de seus animais que foi atacado por uma suçuarana. Compete por alimento com a onça e o lobo norte americano. Só enfrentam o homem em defesa dos filhotes ou quando acuada. Tem tanto medo de cães que sobe em árvores quando ameaçadas por um cão. As fêmeas atingem maturidade sexual com 2,5 anos e vivem até 12 anos e os machos aos 3 anos e vivem aproximadamente até 20 anos. Acasala no início do ano. Macho e fêmea encontram-se apenas no período reprodutivo. Gestação de 90 a 96 dias. A fêmea da a luz de 01 a 04 filhotes em cavernas ou ocos de arvores. Nascem pintados. Abrem os olhos com dez dias e ficam com a mãe até os 20 meses. Antigamente o seu território compreendia áreas de 65 km2, atualmente reduzido a 20 km2. A destruição de áreas naturais e a escassez de presas são as principais ameaças à sobrevivência da onça parda. A falta de presas em sua área de ocorrências obriga as suçuaranas a atacar bezerros e rebanhos de carneiros, por conseqüências, são exaustivamente caçadas por fazendeiros.  O habito de sumir em arvore quando ameaçadas faz da suçuarana alvo fácil para tiro de um fazendeiro irritado por ter o rebanho atacado. Só entre janeiro e junho de 2004, o Centro Nacional de Pesquisa para a Conservação dos Predadores Naturais (Cenap/Ibama), registrou sete ocorrências de felinos em áreas urbanas. Seis envolveram suçuaranas. É classificada como espécie ameaçada de extinção. Foi extirpado na América do Norte oriental, exceto uma subpopulação isolada na Flórida.

Jaguatirica

  • Ordem: Carnivora
  • Família Felidae
  • Género : Leopardus
  • Espécies: Leopardus pardalis
  • Nome comum: Jaguatirica, ocelote , bracaiá, maracajá, gato açu, gato do mato, gato do mato grande

     

É o felino mais comum do Brasil. Com cerca de 110 centímetros até a ponta da cauda e 50 centímetros de altura, a jaguatirica é o terceiro maior felino das Américas, ficando atrás da suçuarana e da onça. A jaguatirica é chamada de onça em várias regiões do Brasil. Com hábitos noturnos este animal é um excelente caçador. Alimenta-se de macacos, morcegos, gambás, pacas, cutias, tatus, lagartos, pererecas, mutuns, macucos, jacus, ynhambu, pombas, peixes e outros. Vivem em áreas densamente florestadas que oferecem grandes variedades das presas que necessita. Não oferecem perigo ao homem, mas ataca ferozmente quando perseguida. Invade galinheiro como grande gatuno oportunista e abate algumas galinhas. No período de reprodução vivem em pares, mas a fêmea expulsa o macho antes mesmo dos filhotes nascerem. O peso do filhote ao nascer é de aproximadamente 90g. A fêmea alimenta os filhotes até caçarem sozinhos. As jaguatiricas são muito caçadas por conta de suas peles que são usadas na confecção de vestimentas e tambores, além de serem abatidas na caça ilegal realizadas por criminosos que possuem o prazer de perseguir e matar um animal sem propósito nenhum. Também são capturadas vivas quando filhotes como animais de estimação em vários paises. Ocorrem desde o Sudoeste do Texas e do Oeste do México até o Norte da Argentina. Habitam florestas úmidas e campos. No Brasil, podem ser facilmente encontradas na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Caatinga.

Quati

  • Ordem: Carnivora
  • Família: Procyonidae
  • Género Nasua
  • Espécie: Nasua nasua
  • Nome comum: Quati

Medem  70 a 120 cm já com a calda (40 a 60 cm) e de 3 a 8 Kg.  Possui o focinho longo, fino, flexível.e  olfato muito desenvolvido. Caninos grandes e afiados. A calda longa auxilia nas escaladas de árvores. São inteligentes e nadam bem. Hábitos diurnos acordam depois que o sol raiou e dormem enrolados no alto de arvores ou poucas vezes tem tocas no solo. Sobem rapidamente em uma arvore com o auxilio da calda. O seu habitat é muito variado, desde as florestas tropicais às pradarias de erva, do nível do mar até à alta montanha. Sua dieta varia sazonalmente e são excelentes predadores e dispersores de sementes percorrendo diariamente 2 km para obter seu alimento e atender suas necessidades nutricionais alimentando-se de frutas, legumes, bromélias, raízes, minhocas, insetos, aranhas (adora caranguejeiras), lacraias, lagartos, cobras, roedores, ovos, aves, rãs, pererecas, caranguejos, mel etc. São considerados pragas ao atacarem plantações e galinheiros. As fêmeas adultas lideram grupos 4 a 30 indivíduos que incluem machos de até dois anos. Os machos de mais de 2 anos são expulsos do grupo e tornam-se solitários. Escala e percorre facilmente as arvores com a ajuda de sua cauda. , Na época de reprodução, um macho é aceito em cada grupo, porém permanece totalmente submisso às fêmeas.  Bastante caçado para utilização de sua pele para o vestuário e carne como fonte de proteína. A gestação de 77 dias. Na hora do parto a fêmea se separa do grupo e constrói um ninho em uma árvore. Nascem de 2 a 7 filhotes com 100g que às 5 semanas de idade, deixam o ninho e se unem ao grupo. São muito caçados pela sua carne, pele e por causar prejuízo em plantações ou galinheiros. Ocorrem dos Estados Unidos até a Argentina, inclusive no Brasil.

Jupará

  • Ordem: Carnivora
  • Família: Procyonidae
  • Género: Procyon
  • Espécie: Procyon cancrivorus
  • Nome comum: guaxelo, jaguá campeba e jaguaracambé, rato-lavador, mascarado, cachorro-do-mangue, iguanara, jaguacampeba e jaguacinim, Jupará. Jupará-verdadeiro

É muito confundido com esquilo, o quati e o jupará. Medem entre 90 a 110 cm do focinho à ponta da cauda e pesa até 8 kg. Coloração geral é cinza escuro com tons amarelados, reconhecido pela pelagem preta entorno dos olhos bordeada por uma pelagem mais clara, anéis escuros na cauda. Maior altura dos membros posteriores, os pés sem pelos são grandes e tipicamente plantígrados, a cabeça curta, com orelha com pelagem amarelada. Percorrem o solo, mas nadam bem, sobem em arvores para apanhar alimentos e fugir de predadores e usam tocas no chão ou em rochas, ocos de árvores ou fenda entre raízes para descansar durante o dia. Solitário e vive em mangues, pântanos e matas ciliares. É um excelente caçador da noite, e seu tato muito sensível permite que localize a preza escondida na água ou no lodo. Alimenta-se de caranguejos, peixes, girinos, sapos, rãs, pererecas caramujos, lagartas, besouro, cigarras, minhocas, aranhas, outros invertebrados, frutas de embaúba, coquinho jerivá, palmito, araticum e guabiroba e outras frutas. A maior parte de sua dieta é de caranguejos o que deu origem ao seu nome científico cancrivorus (cancro = caranguejo; vorus = comedor) .Ao alimentar-se de sapos, descarta a pele e as glândulas que contém substâncias que provoca irritação na boca dos predadores (veneno de sapo). São também ótimos dispersores de sementes. O Habito de larvar o alimento esfregando-o com as mãos na água lhe atribuiu o nome comum de “rato lavador”. O comportamento de lavar o alimento também tem origem em sua preferência por caranguejos, que geralmente os apanha em tocas ou mangue, assim este crustáceo apresenta-se sempre sujo de lodo ou barro, sendo então necessária certa higiene para saborear a carne desta iguaria. Não invadir quintais, nem revirar lixeiras. Não são caçados, pois sua carne não é apreciada como alimento, sua pele não é comercializada, também não é alvo de traficantes de animais e não apresentam prejuízos na agricultura, porem é uma espécie venerável por conseqüência da destruição de seu habitat pela agricultura, a especulação imobiliária e a poluição das águas por indústrias, agricultura, resíduos de mercúrio em áreas de garimpo e dejetos humanos. Contudo em alguns estados brasileiros são perseguidos e caçados por alimentarem a superstição com a sua morfologia ou por seus hábitos alimentares. No Vale do são Francisco acreditam que o sangue da mão pelada cura a lepra, isso porque o animal não possui pelos na palma das patas. Ainda no Vale do São Francisco a sua banha e tida como remédio para o reumatismo. No Estado do Maranhão acreditam que se usarem um pedaço do couro de mão pelada, não serão atacados por cobras, isso por serem ávidos predadores de cobras mesmo as mais peçonhentas como a coral verdadeira. Assim são caçados para oferecerem seu sangue, gordura para remédios e seu pele como amuleto de sorte. O período de gestação é de 63 dias e nascem de 2 a 6 filhotes que permanecem com a fêmea  quatro meses A maturidade sexual se dá entre 2 e 3 anos de idade .

Paca

  • Classe: Mammalia;
  • Ordem: Rodentia
  • Família: Dasyproctidae
  • Género: Agouti
  • Espécie: Agouti paca.

Acredita-se que a paca seja o animal mais caçado no Brasil. Contudo a sua perseguirão está muito associada a tradição, sendo que muitas pessoas consideram as caçadas de paca (paquera = caça a paca por espia), difícil porem prazerosa. Possui ainda a carne saborosa, macia, sem gordura saturada e é rica em proteínas, cálcio e fósforo. É o segundo maior roedor brasileiro, com 60 a 80 cm e de 6 a 12 Kg. Durante o dia ficam em tocas próximas d’água e geralmente junto a rochas e ou raízes e sai a noite para se alimentar. Comem frutos, tubérculos, raízes e folhas. São animais de hábitos solitários só tolerando um companheiro no período de reprodução. Uma fêmea tem duas gestações por ano, sendo raros nascimentos de gêmeos. É encontrado do México até o sul do Paraguai na América do Sul

O baixo custo de alimentação, necessidade de espaço reduzido para o manejo e pouca mão-de-obra faz da criação comercial autorizada pelo IBAMA negócio com lucro garantido para pequenas e grandes propriedades rurais.

 

Tatu galinha pequeno

  • Superordem: Xenarthra
  • Ordem: Cingulata
  • Familia: Dasypodidae
  • Género: Dasypus
  • Espécie: Dasypus septemcinctus
  • Nome comum: tatu, tatu galinha; Tatú galinha pequeno; tatuí, tatu mula, muleta, tatu mirim; tatu-china.

Espécie muito parecida com o tatu galinha verdadeiro, poren é menor e só possuem seis cintas moveis na carapaça (OBS: o tatu galinha verdadeiro possui 9 cintas e e bem maior). Podem atinguir 60 cm de comprimento, pesam de 3 a 4 kg, seu corpo é recoberto por placas ósseas formando uma excelente armadura protetora dotados de ótimo olfato e péssima audição e visão. Contudo a sua verdadeira proteção é a fuga em disparada com repentinas paradas para farejar o perigo, e se não sente o cheiro do perigo voltam a vasculhar. Ocupam uma área entre 0,8 a 1,6 hextares. Cavam suas tocas, usando suas unha fortes e afiadas, próximos de arbustos e árvores e geralmente longe de rios e lagos. Um ou mais tatus habitam uma mesma toca. Preferencialmente utilizam a noite para movimentar se, porem também é visto durante o dia vasculha o chão da floresta a procura do seu alimento. Alimentam-se de insetos (59,3%), outros artrópodes 7,0%, sementes 9,3% e fragmentos vegetais 24,4%. As formigas representam o item animal mais importante na dieta desta espécie, com uma freqüência relativa de 25,6%, seguido dos cupins com 23,2%. Eventualmente aproveitam carniças e ovos. Atravessam pequenos trechos de água caminhado pelo fundo. Já em rios o lagos maiores enchem os pulmões de ar e nadam com o fuchinho de fora. A gestação de aproximadamente 120 dias.. O ninho é forrado com folhas. Nascem geralmente 4 filhotes do mesmo sexo que permanecem com a mãe por dois meses. Os tatus tornam-se reprodutivos com 1 ano de idade. Caçado indiscriminadamente pelo homem, por conta de sua carne, em alguns. Este mamífero está entre as 10 espécies mais apreendidas pelo Ibama no País.

. A sílaba “ta” quer dizer “dura” e “tu” refere-se a “espesso”.

Sendo perseguido, corre na direção da toca de moradia mas pode entocar-se rapidamente escavando no solo. A sua carne tem cheiro desagradável e forte, mas mesmo assim ele é muito perseguido para fins gastronômicos. Normalmente, as receitas para o cozimento desta carne, envolvem muitos temperos e refinamentos culinários, a fim de dissimular o seu gosto. Portanto, isto comprova que o hábito de caçar tatu não é devido ao sabor da carne; prende-se ao prazer de matar e comer algo diferente.

Tamandua mirim.

  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Xenarthra
  • Família: Myrmecophagidae
  • Género: Tamandua
  • Nome científico: Tamandua tetradactyla
  • Nome comum: Tamanduá mirim.

De anatomia curiosa. Não possuem dentes sendo o alimento triturado por um estomago musculoso. As patas dianteiras possuem unhas muito fortes sendo suas ferramentas para a alimentação e a proteção contra seus predadores que são as onças e sussuaranas. Vivem até os 9 anos, medem entre 1,0 a 1,5 metros e pesam entre 3 a 9 kg. Sua cauda o ajuda a subir em arvores. Seu olfato 40 vezes melhor que o homem e possuem ótima audição. Sendo que seus predadores só os atacam de surpresa, pois quando ameaçados senta-se sobre a cauda abre os braços e espera. Nessa situação que o atacar pode ser fatalmente ferido pelo “abraço de tamanduá”. Caçadores citam que cachorros podem ter as vísceras arrancadas pelas mãos de um tamanduá. Contudo a maior ameaça e invasão agrícola sobre a área de ocorrência desses animais. A sua pouca velocidade faz dos tamanduás uma fácil vitima de queimadas e atropelamentos. Na BR-280, em Guaramirim, SC, num trecho de 1,5 km, próximo à ponte sobre o rio Piraí, somente num período de 3 meses em 2002 foram encontrados 15 tamanduás-mirins atropelados. Seu principal alimento são as formigas, os cupins, abelhas e larvas. Produz uma saliva viscosa que ajuda sua grande língua a captura 1000 insetos por dia, para oferecer os nutrientes necessários para manter a boa. Tomam cuidados em não destruir totalmente um formigueiro ou cupinzeiros, assim os insetos podem reconstruir a colônia, e sempre haverá alimento próximo dele. Quando um tamanduá abre um cupinzeiro ou formigueiro deixando exposta matéria orgânica, na forma de húmus, retornam a superfície e passa a fertilizar o solo e contribui para a manutenção dos ambientes onde vivem. Inteligentes, cautelosos e ativos durante a noite. Caminham sobre o pulso evitando o desgaste de suas unhas. È possível identifica-lo pelo som que produzem ao caminhar nas florestas durante a noite. Em descanso abrigam-se em buracos em arvores e tocas abandonadas por outros animais. Quando este nervoso o tamanduá mirim exala um cheiro horrível. Em ambientes naturais haveria pragas e mais pragas de insetos sem a colaboração dos tamanduás, contudo hoje a agricultura usa produtos tóxicos para controlar as formigas e cupins. Não brigam por territórios, porem vivem sozinhos e só se junta a outro no momento do acasalamento. Em uma área de 400 hectares podem existir dois tamanduás mirins. A gestação entre 130 a 190 dias. As fêmeas dão a luz a um filhote que permanece com a mãe até os 9 meses. Enquanto esta com a mãe o filhote só alimenta-se de leite, após este período o filhote acompanha a mãe para apreender técnicas de caça aos insetos. Assim a taxa de reprodução dos tamanduás é baixa com uma fêmea tendo menos que um filho por ano.

Tamandua bandeira

  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Xenarthra
  • Família: Myrmecophagidae
  • Nome científico: Myrmecophaga tridactyla
  • Nome comum: Tamanduá bandeira, tamanduá-açu, tamanduá-grande, tamanduá-cavalo, jurumim, papa-formiga.

De anatomia curiosa, não possui dentes e suas unhas são ferramentas fortes para a alimentação e proteção contra predadores como as  onças e sussuaranas. Podem atingir 50 Kg e vivem até os 25 anos. Seu ofato 40 vezes melhor que o homem e possuem ótima audição. A língua viscosa chegando a 60 cm captura 30 mil formigas ou cupins por dia, para suprir os nutrientes necessários para manter a boa forma. Come também vermes e pequenas centopéias. Tomam cuidados em não destruir totalmente um formigueiro ou cupinzeiros, assim os insetos podem reconstruir a colônia, e sempre haverá alimento próximo dele. Quando um tamanduá abre um cupinzeiro ou formigueiro deixando exposta matéria orgânica que  retornam a superfície e passa a fertilizar o solo e contribui para a manutenção dos ambientes onde vivem. Inteligentes, cautelosos e ativos durante o dia em ambientes afastados do homem, já próximo de cidades preferem a noite. Caminham sobre o pulso evitando o desgaste de suas unhas. Eventualmente nadam e sobem em arvores. Em ambientes naturais haveria pragas e mais pragas de insetos sem a colaboração dos tamanduás, contudo hoje a agricultura usa produtos tóxicos para controlar as formigas e cupins. Não brigam por territórios, porem vivem sozinhos e só se junta a outro no momento do acasalamento. A gestação é de aproximadamente 6 meses (190 dias). As fêmeas dão a luz a um filhote que permanece com ela até os 9 meses. Enquanto esta com a mãe o filhote só alimenta-se de leite. Assim a taxa de reprodução dos tamanduás é baixa com uma fêmea tendo menos que um filho por ano. Seus predadores só os atacam de surpresa, pois quando ameaçados senta-se sobre a cauda abre os braços e espera. Nessa situação quem o atacar pode ser fatalmente ferido pelo “abraço de tamanduá”. Caçadores citam que é comum os cachorros terem as vi ceras arrancadas pelas mãos de um tamanduá. Contudo a maior ameaça e invasão agrícola sobre a área de ocorrência desses animais. A sua pouca velocidade e seu pelos são altamente inflamáveis faz dos tamanduás uma fácil vitima de queimadas. Ocorre em Belize, Guatemala até a América do sul no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil.

O Lobo-Guará

  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Carnivora
  • Família: Canidae
  • Género: Chrysocyon
  • Espécie: Chrysocyon brachyurus

STATUS DE AMEAÇA:

  • No Brasil: Ameaçada.
  • Nos estados Brasileiros:
  • SP: espécie Vulnerável;
  • MG: espécie Vulnerável;
  • PR: espécie em Perigo;
  • RS: espécie Criticamente Ameaçada.

O que ameaça o lobo guará hoje é a perda de seu habitat e os atropelamentos que cheda a reduzir em até 30 a 50 % do filhotes de um ano em certas regiões do pais, Ao ouvir seus latidos <b>gua-á gua-á</b> os indigenas lhe chamavam de “guará’. Estudos genéticos, assim com seu comportamento, pois, não formam alcateias, mostram que não é um lobo. Mas seu tamanho fez com que lhe atribuisem o nome de lobo. Estão no topo da cadeia alimentar e é responsável pelo equilíbrio ecológico. Ocupam ambientes abertos como campos,e veredas e campos úmidos cerrado, esporadicamente avistado no pantanal na caatinda e na mata atlântica. Hoje, praticamente desapareceu dos campos do sul. Nessas regiões os fazendeiros acreditavam que o lobo-guará atacava bois. Por esse engano eram encurralados por cães e encaminhados a descidas de montanhas, morros e barrancos, pois como suas pernas dianteiras são menores, quando descem um morro tornam-se lentos e eram abatidos aos tiros. Por outro lado o lobo-guara tem ocupado áreas onde a mata atlântica foi derrubada por falta de fiscalização do governo e instituições relacionadas com o IBAMA e outras mais antigas, permitiram então a formação de capoeirões hoje ocupados pelo guará. Suas pernas longas e finas e orelhas compridas e pontudas lhe da aparência de raposa, possuem ainda um crina no dorso que fica arrepiada com ele esta bravo. Sua ótima audição provida pelas grandes orelhas permite localizar pequenos animais sob a vegetação, quando os localiza, soltam sobre eles e os prende com os pés dianteiros que são maiores que os traseiros. Antigamente um casal de lobos-guará ocupava um território de 300Km², hoje são adaptaram-se a 10% <b>20 a 30Km²</b>, vivendo próximo do homem, acelerando o extermínio deste canídeo. Seus hábitos são crepusculares e noturnos, caçam a noite e eventualmente de dia. Capturam na natureza ratos, preas, cutias, pacas, aves, répteis, frutas, mel, cana-de-açúcar, peixes, moluscos e insetos. Com a redução de seu habitat aproximam-se das fazendas atraídos pelo cheiro do arroz cozido ou por animais domésticos como galinhas. Pela fome pode apanhar cabras ou carneiros desgarrados. Em cativeiro alimentam-se bem de frutas, carne, ovos e alimento vivo Possuem uma relação simbiótica com a arvore frutifera lobeira (<em>Solanum lycocarpum</em>). Nessa relação o lobo depende das frutas da lobeira como vermifogo que elimina os nematoides que infestam seus rins e sem essa fruta o lobo morreria, já a lobeira de certa forma utiliza o lobo para facilitar a germinação e distribuir suas sementes em grande áreas junto com suas fezes (<b>um lobo pode andar 60 Km por dia, geralmente pela mesma trilha</b>). A perspectiva é de extinção na natureza em 100 anos, por causa da  agricultura, doenças de transmitidas por cães domésticos, atropelamentos em estradas e pela caça pois os fazendeiros ainda acreditam que os lobos são capazes de abater o gado.  Pode viver até os 20 anos Só forma casais no momento da reprodução, com o convite da femea para o macho copular. A gestação dura em média 65 dias e com até seis filhotes, que são pretos com a ponta da cauda branca. Quando a fêmea da a luz ela não sai da toca e é alimentada pelo macho. Reproduzem-se com um ano de idade. A sua distribuição geográfica estende-se pelo sul do Brasil, Paraguai, Peru e Bolívia a leste dos Andes, estando extinto no Uruguai e talvez na Argentina, e é considerado uma espécie ameaçada. O Brasil abriga o maior número de animais; dos cerca de 25.000 indivíduos da espécie, cerca de 22.000 estão em território brasileiro. Na Argentina é chamado de  Aguarú guazú, lobo de crin, zorro potrillero, zorro grande, zorro de chaco, na Bolívia Boroche,  Indíginas: Gueken, guelken, huika, Indios Kamaiuras (alto rio Xingu), auratsim. Tupí-guaraní: gu

Queixada.

  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Artiodactyla
  • Família: Tayassuidae
  • Género: Tayassu
  • Espécie Tayassu pecari

Queixadas, dependendo da região pode ser chamado de canela-ruiva, pecari, porco-do-mato, queixada-ruiva, queixo-ruivo, sabacu, tacuité, taguicati, taiaçu, tajaçu, tanhaçu, tanhocati e tiririca.

Seu nome científico Tayassu pecari é de origem Tupi e significa “aquele que possui um par de dentes grande na mandíbula branca”. São parentes dos porcos e javalis, porém não cruzam nem com um nem com outro. Utilizam ambientes como desertos, pântanos, caatingas, cerrados e florestas tropicais. É um animal importante para a manutenção do equilíbrio ecológico dos ambientes onde vivem. É também uma das primeiras espécies que desaparecem da floresta com a ocupação de áreas naturais pelo homem. Pode viver em grupos de 300 ou mais queixadas, quantidade que nenhum outro mamífero alcança no Brasil. Não escavam o solo, simplesmente reviram as folhas caídas no chão da floresta Procuram frutas, sementes e castanhas caem das árvores, insetos e suas larvas, rãs, lagartos, aves e roedores e outros pequenos vertebrados, Contudo, queixadas que vivem na caatinga cavam o solo para encontrar raízes com fonte principal de alimento. Os machos são sexualmente ativos a partir de um ano de idade e as fêmeas com 10 meses. A gestação dura aproximadamente 160 dias, em geral nascem dois filhotes Os queixadas geralmente enfrenta qualquer ameaça o que incluem os homens. Os principais predadores são a onça-pintada (Panthera onça), puma ou suçuarana (Puma concolo) e os seres humanos (Homo sapiens) Estudos apontarem o queixada como uma das espécies de mamíferos de grande porte ameaçadas da Região Neotropical, em função da caça e destruição de hábitats. Ocorrem da México até o Uruguai e Norte da Argentina.

tayasú de “Ãin asú”. O “t”=indica apenas   um; “ãin” significa dente enquanto que “asú” significa grande.

pekari de “endybá kari” = que significa mandíbula branca.