Pimenta-rosa ou aroeira

    • Classe: Magnoliopsida
    • Ordem: Sapindales
    • Família: Anacardiaceae
    • Género: Schinus
    • Espécies: Schinus terebentifolius
  • Nome popular: Aroeira, aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira,  aguaraíba, aroeira-branca, aroeira-da-praia, aroeira-do-brejo, aroeira-do-campo, aroeira-do-paraná, aroeira-mansa,  aroeira-precoce, aroerinha-do-iguapé, bálsamo, cambuí, fruto-do-sabiá. coracao-de-bugre,  fruto-de-raposa, fruto-de-cutia, araguaraiba, corneiba, arvore-da-pimenta, cabui, Cambuí. Lentisco na Espanhol, Lentisque, poivrier d´Amerique, poivrier du Perou, poivre-rose na Francês; Califórnia peper tree na nos Estados Unidos;  Pimenteira bastarda em  Portugal;  Pfefferstrauch na Alemanhã.

.A aroeira é uma arvore de porte médio, de folhas aromáticas  (esmagadas, têm o cheiro parecido com o de manga), flores abundante com néctar perfumadas, fruto vermelho-brilhante e adocicado. Existem flores masculinas e femininas. Já foram encontrados três na Escola Professor Roberto Alves dos Santos. Esta espécie de arvore precisou especializar-se na atração de polinizadores. Isso porque a flor feminina possui um único óvulo. Assim a aroeira precisa garantir que este óvulo seja fecundado para gerar sementes e perpetuar a espécie. E como a adaptação dessa planta fez isso? Com a existência um óvulo na flor feminina a aroeira elevou exageradamente a produção de pólen em suas flores masculinas, e por ser menor e vamos dizer assim, mais econômico que a produção de óvulos. Então uma flor masculina possui, em media, 99.267 grãos de pólen. Com tanto pólen a disposição melhoram as chance do encontro entre óvulo e pólen. Pronto os insetos já tem motivo para irem até as anteras da flor masculina colher pólen. Só falta o pólen chegar até óvulo. Isso foi resolvido com as flores femininas elaborando um néctar muito adocicado e muito aromático, também produzido exageradamente. Isso é a refeição completa para as abelhas e outros polinizadores, muita pólen e muito néctar doce. Só que isso não resolve toda dificuldade que as aroeiras encontraram ao longo de sua evolução para produzir frutos e semente em grande quantidade para garantir o recrutamento de novas arvore na região. A outra saída da planta foi prolongar o período de sua florada que dura em média 45 dias e ao longo desse período as flores abrem aos poucos, de modo que em todos os dias há flores novas florescem fresquinhas e suculentas pela manhã. O sucesso da aroeira foi tão bom que quando esta floridas muitos animais entre eles  vários polinizadores  vêem banquetear. Na florada entre outubro e abril, e segundo Rafael Sanchez, “parece haver preferência das abelhas pelas suas flores brancas e pequenas… as abelhas visitam flores da aroeira as 6h”.Seu polinizadores são abelhas (Apodai, Halictidae, Colletidae e Megachilidae), de moscas (Syrphidae, Calliphoridae, Muscidae, entre outras) e de vespas (Vespidae, Pompilidae e Sphecidae), que visitaram as flores de ambos os sexos ao longo de todo o dia. Quanto aos recursos oferecidos às abelhas a aroeira produz também muita resina (resinífera).  E o meliponicultor que plantar essa arvore em três meses depois já pode observar sua florada e a visita de abelhas. São árvores bastante resistentes e desenvolvem bem diretamente no sol ou parcialmente sombreado, em diversos tipos de solos, de baixa fertilidade, solos úmidos ou secos, arenosos ou argilosos, desde o nível do mar até 2.000 e ainda, resistente ao fogo. Usada em medicina popular, por exemplo com chá para gargarejos contra infecção de garganta. Aroeira ou lentisco (como é chamada na Espanha), é  adstringentes e odoríferos, resina fragantíssima  (essência para perfumes) e muitas outros tratamentos. Substancias como polifenóis, apigenina, acido elágico, naringina, terebinthona,  ácido hidroximasticadienoico, acido terebinthifolico e o acido ursolico  que lhe oferecem as características medicinais.  Em outros tempos (entrada das bandeiras), foi utilizada pelos jesuítas que, com sua resina, preparavam o Bálsamo das Missões, famoso antibiótico e cicatrizante no Brasil e no exterior. Usada também na alta gastronomia como pimenta-rosa. Na cozinha francesa com o nome de “poivre rose”, “Pepe rosa” na italiana, “pimenta rosa” na espanhola e “blassroter pfeffer” na Alemanha e “Pink pepper” ou “brasiliano pink peppercorn” na americana, a aroeira-pimenteira vem sendo amplamente utilizada e apreciada na culinária internacional. Variedade de pratos, de frango, peixes salmão, salames, massas, coquetéis e chocolates a vegetais. Decora e confere sabor delicado. Seu principal uso é a decoração, porque seu sabor não tem características picantes como as demais pimentas.  No Peru, a aroeira é utilizada após fermentação para se fazer vinagre e bebida alcoólica,

Somente no Estado do Espírito Santo existem registros de alguns plantios de aroeira. Curioso que é o europeu que a usa na culinária. No Brasil a aroeira-vermelha ou aroeira, no conhecimento popular é confundida com a aroeira brava, que a que dá alergia só de passar por baixo. A coleta de sementes de aroeira para produção de pimenta rosa é uma opção para complementar a renda familiar e esta atividade e regulamentado pelo IBAMA.

Fontes consultadas em 14/08/2019

Rafael Sanchez – A aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius) e seu potencial como planta melífera http://www.abelhasjatai.com.br/plantas-meliferas/a-aroeira-pimenteira-schinus-terebinthifolius-e-seu-potencial-como-planta-melifera/

Regina Motta   –   Plantas do Brasil: Aroeira da praia, riqueza que ganha o mundo. https://paisagismodigital.com/noticias/?id=plantas-do-brasil:-aroeira-da-praia-%7C-paisagismo-digital&in=253

Patativa chorona

  • Classe: Aves
  • Ordem: Passeriformes
  • Família: Emberizidae
  • Género: Sporophila
  • Espécie: Sporophila leucoptera
  • Nome popular: Patativa chorona, boiadeira, bico vermelho

Um dos maiores <i>Sporophila</i>, perdendo em tamanho somente para o pichochó. Passeriforme com plumagem muito bonita, apesar da simplicidade das cores onde apresenta o branco, cinza e o amarelo milho do bico. Seu porte de valentia também exalta sua beleza.Canto vagaroso “u-i, u-i, u-i, u-i…”, e um chamado “djäip”, chamado de advertência parecido com o pardal “qüak”. Às vezes fecham os olhos para cantar. Existem diferenças regionais do canto. O canto e valentia em natureza acontecem no período de reprodução, na época de descanso (fora do período de reprodução), param de cantar ou cantam como pouca vontade e perdem a valentia. Em cativeiro só não cantam na muda. Também se banham com areia. Agarram-se a haste de capim e ainda batendo as asas e espera que o capim envergue até o chão e com os dedos empurram as sementes para o solo e depois as colhem.  É um passarinho um tanto raro na natureza devido a grande procura pelos passarinheiros. Ocorre no Nordeste, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Argentina, Paraguai e Bolívia.

Borâ

  • Reino: Animalia
  • Filo: Arthropoda
  • Gênero: Tetragona
  • Espécie: Tetragona clavipes
  • Nome popular: BORÁ

Captura e transferência de abelha borá (Tetragona clavipes)

Distribuição geográfica : Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo (Silveira et al., 2002).

Gavião caboclo, aguia colorada, gavião-telha, gavião-fumaça, casaca-de-couro, gavião-tinga.

  • Classe:          Aves
  • Ordem:           Accipitriformes
  • Espécie:      Buteogallus meridionalis

Uma fêmea adulta pode atingir 63cm e o macho entorna de 54 cm. Vive nos campos, beira de brejos, manguezais e o cerrado. Apanha pequenos roedores, répteis, anfíbios, insetos e aves. Alguns exemplares da espécie aprenderam a localizar “cobras-de-duas-cabeças”, após a chuva. Caçam apenas algumas horas por dias. É observado próximo às queimadas para capturar animais que fogem do fogo. Botam somente um ovo, que podem ser totalmente branco ou branco sujo. Ocorre do Panamá à Argentina e em todo Brasil.